A aula saíu à rua para conhecer, compreender, preservar e animar o nosso património.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para lá da janela da nossa escola …

Entrada para a Horta do Reguengo,
junto à nossa Escola
A Horta do Reguengo

        A Horta do Reguengo situa-se nas traseiras do Paço Ducal e do Convento das Chagas, onde é hoje a Pousada D. João IV e é a paisagem que vemos das nossas salas de aula. Uma paisagem muito agradável e relaxante!
Até finais do séc. XIX, uma parte desta horta era a Horta Nova de D. Catarina e das freiras do Convento das Chagas, mas quando morreu a última freira do Convento, nos princípios do séc. XX, esta passou a fazer parte da Horta do Reguengo.
É um espaço fechado, com um muro à sua volta e tem portas em ferro que se abrem para a rua da nossa escola, a rua Horta do Reguengo e para o Carrascal. Na época chamava-se horto a estes espaços e foi mandado fazer pelo Duque D. Jaime, quando mandou construir o Palácio, no princípio do séc. XVI.
Tem uma parte de jardim, uma parte de recreio com árvores muito grandes (freixos e choupos) e arbustos, árvores de fruto (laranjeiras, oliveiras), um espaço de horta, onde até há cerca de quarenta/cinquenta anos, se cultivavam produtos hortícolas como couves, batatas, cenouras, alfaces … para os funcionários do palácio alimentarem as suas famílias.
Corredor de buxo
 Durante muito tempo, as pessoas podiam ir lá comprar produtos. Algumas ervas existentes serviam também para fins medicinais, para servirem de remédios. A água fazia também falta para regar, para a casa, para a higiene das pessoas para apagar os incêndios … e por isso existem tanques para depósito de água e canais para levar a água para onde fazia falta, fontes.
 Existe ainda um corredor de buxo que é talvez o maior de Portugal, que tem 250 dos nossos passos, que fica entre o portão em frente à nossa escola e o Jardim das Damas. Esta horta tinha, portanto, também um espaço de recreio e de lazer.
Entre 1860 e 1910, as pessoas de Vila Viçosa podiam entrar pelo portão do Carrascal, onde havia um guarda. Este espaço estava “dividido em quarteirões de largas ruas cercadas por sebes de canas, tabuada e hortaliças, pomares, vinha, olival e árvores de fresco”
Nos últimos anos, deixou-se de cultivar produtos hortícolas, mas agora está-se a pensar voltar a cultivar esses terrenos, que são muito férteis.
           A paisagem é muito bonita e poética, por onde passeiam galinhas, cães, faisões, gamos albinos! Muitas vezes, chegamos às janelas das salas e vemos os animais a brincarem uns com os outros.
Fontes de informação:
Visita guiada pelo Dr. Tiago Salgueiro
Espanca, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal – Distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.
Margarida Coelho - 6º C
2010/2011

Sem comentários:

Enviar um comentário