A aula saíu à rua para conhecer, compreender, preservar e animar o nosso património.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tibornas



            A tiborna é um doce conventual de fácil preparação e muito saboroso. Teve a sua origem na região do Algarve há muitos e muitos anos onde foi inventado por um grupo de freiras locais.
Aproveitando o fruto da árvore que era e é o mais abundante de lá, ou seja, a amêndoa e juntando outros ingredientes, as freiras fabricaram as famosas e deliciosas tibornas.
Depois de aperfeiçoada a receita, foi trazida para Vila Viçosa onde foi dada a tradição ao doce de ser embrulhado em papel branco todo recortado a terminar com um laço azul ou rosa no topo.
Hoje em dia, é um doce muito procurado e deliciado em Vila Viçosa! 

Ana Lúcia Rosa - 6º C 20101/2011
 Fonte de informação:

SILVA, Maria Eugénia (12 de Maio de 2011)

Hospital do Espírito Santo

O Hospital do Espírito Santo foi mandado construir por D. Jaime (Duque de Bragança). Antes deste ser Hospital era uma pequena Albergaria, mas agora é apenas um Centro de Saúde. Em tempos funcionava, com bloco operatório, com maternidade, internamento, cozinha própria, lavandaria, etc.
Joana Estrompa  - 6º C 2010/2011
Fonte de informação: Maria José Frade (avó)

Convento dos Capuchos

       Foi a cabeça da Ordem de São Francisco e da Província da Piedade em Portugal. O primitivo convento teve a sua origem em 1504 no lugar chamado São Francisco Velho e passou à Igreja de Nossa Senhora da Piedade em 1514.
      As instalações definitivas foram construídas em local mais próximo e mais adequado em 1606. Apesar de ter passado por vários possuidores particulares e algum tempo abandonado, foi entretanto sobrevivendo a ponto de estar nele a funcionar, actualmente uma comunidade religiosa.
      Possui um relógio de sol do século XVIII, em mármore branco, e três estatuetas (uma de São Francisco, outra de Santo António e, por último, de São Bernardino de Siena) colocadas uma em cada nicho situado na parte frontal da igreja do convento.

Edgar Rebimba -  6º C 2010/2011

A Igreja de S.Bartolomeu

Fotografia antiga
 
A igreja de S. Bartolomeu é também conhecida pela igreja do antigo Colégio de S. João Evangelista (1636), que pertenceu aos Jesuítas Foi mandada fazer pelo Duque D. Teodósio II e continuada pelos seus sucessores e foi obra do calipolense Bartolomeu Gomes.
Foi construída ao estilo barroco. No seu interior há muito mármore, valiosos azulejos azuis e brancos, talha dourada, esculturas de madeira e diversas telas dos séculos XVII e XVIII.
A sua fachada que está incompleta é revestida de mármore da região. Tem três ordens de janelas e três portais ladeados de colunas dóricas. Apresenta duas torres quadrangulares, sem coruchéus. Nos seus campanários, que têm seis sinos, está o famoso Caracena que serviu o relógio público da torre de Menagem do Castelo que foi danificado pelas tropas do general espanhol.
           
Antes, a igreja de S. Bartolomeu estava na antiga praça de D. Amélia, hoje chamada Praça da República, mais ou menos no sítio onde está a Fonte da Praça.


Fonte de informação:
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.
PESTANA, Manuel Inácio (s/d). Vila Viçosa História, Arte e Tradição, Vila Viçosa: Livraria Alentejo de Calipolojas, Lda.
7maravilhasdevilavicosa.blogspot.com

Ana Patrícia Sande – 6º C
2010/2011


IGREJA E CONVENTO DE SANTO AGOSTINHO

 Em frente ao Paço Ducal, fica a Igreja e o Convento de Santo Agostinho que foi o primeiro mosteiro criado em Vila Viçosa.
Foi fundado no dia 5 de Maio de 1267, no reinado de D. Afonso III, sob a invocação de Nossa Senhora da Graça. Os monges eram os da Ordem dos Eremitas Calçados. Como era o único mosteiro, era conhecido pelo Mosteiro de Vila Viçosa e os reis e as pessoas importantes que por aqui passavam, ficavam lá hospedados, como aconteceu com o rei D. Dinis.
Quando o duque de Bragança, D. Jaime mandou construir o Palácio de Vila Viçosa, mandou fazer obras no mosteiro e virar a fachada principal da igreja para o Palácio, pois antes estaria para o lado contrário, mas só no reinado de D. João IV é que isso aconteceu. No tempo do Duque D. Teodósio II, esteve prevista criar-se uma Universidade neste convento!
 Em 1667, por vontade de D. João IV, a igreja tornou-se o panteão dos duques de Bragança, onde estão os restos mortais dos duques, desde D. Afonso até D. Teodósio II (no único túmulo feito em granito), pai de D. João II, futuro rei D. João IV. Noutros túmulos, encontram-se os restos mortais de D. Rodrigo de Lencastre, irmão do duque D. Jaime, de D. Manuel e D. Maria, filhos do rei D. João IV, etc. Um dos túmulos encontra-se vazio pois estava destinado às cinzas de D. Duarte, irmão de D. João IV, que viria a falecer e a ser sepultado em Milão, na Itália. Em 1976, foram ali também depositados os restos mortais de D. Duarte Nuno, pai do actual duque de Bragança.
A Igreja dos Agostinhos é uma igreja de estilo Barroco, classificada como monumento nacional desde 1910 e é considerada uma das maiores igrejas de Portugal.  Nesta igreja é utilizado muito o mármore da nossa região nas paredes e nas abóbadas.
No tempo de D. João V, o convento foi reedificado e após a extinção das ordens religiosas em 1834, o convento foi fechado e passou para a posse da Casa de Bragança.
Nos fins do séc. XIX, foi criada no Convento a Escola Prática de Cavalaria, que funcionou durante pouco tempo e depois foi quartel até 1939.
Em 1951, foi ocupado pelo Seminário Menor de São José e foi cedido definitivamente à Arquidiocese de Évora em 1963.

Fonte de informação:

Espanca, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal – Distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.
PESTANA, Manuel Inácio (s/d). Vila Viçosa História, Arte e Tradição, Vila Viçosa: Livraria Alentejo de Calipolojas, Lda.
7maravilhasdevilavicosa.blogspot.com

Carolina Carriço – 6º C 
2010/2011    
  

As sementeiras

        A batata pode ser semeada em várias alturas do ano, como por exemplo, em Fevereiro, Março, Abril ou em Agosto.
       Lavra-se a terra e depois abrem-se os regos e põe-se lá a batata, cortada ao meio, mete-se esterco por cima e tapa-se o rego.
       Quando começa a crescer, arrancam-se as ervas com uma enxada e amanham-se os regos. Também é preciso ser regada, ao longo da Primavera, pelo rego, por gota-a-gota ou por chuveiro. Quando estiver capaz de comer, colhe-se, sacode-se a terra, limpa-se e já se pode comer.
        Existem duas qualidades de batata: a branca que é melhor para cozer e a vermelha que é melhor para fritar.
        O tomate e o pimentão são semeados em Abril e em Maio. Podem-se começar a colher a partir no dia 20 de Julho e dá produção até fins de Outubro.
        O Grão é semeado em Março e é colhido em Junho.
        As ervilhas são semeadas em Outubro e dá produto em Abril, tal como as favas.
        O milho é semeado em Maio e Junho e colhe-se entre Outubro e Novembro, com uma máquina.
        A aveia e o trigo são semeados em Outubro, Novembro, Dezembro. Primeiro, lavra-se a terra, depois espalha-se a semente à mão ou com uma máquina e a seguir enterra-se a semente. 
        Ao fim de três, quatro semanas, começam a nascer e depois põe-se o adubo. Vai crescendo. No mês de Maio, gadanha-se  e em Junho, Julho já estão capazes de ceifar.
        A seguir, enfarda-se. Vai-se com o tractor e o atrelado, apanha-se os fardos e leva-se para meter em casões grandes e já estão prontos para dar aos animais.

Fontes de informação:
Sr. Inácio Calado, 51 anos (avô da Ana)
Sr. Manuel Rodrigues, 44 anos (pai do Bruno)

                                                                     Ana Solda, Bruno Rodrigues – 6º A – 2010/2011

As refeições do povo antigamente


      Dantes, de manhã, não havia pequeno-almoço, mas sim o almoço que comiam por volta das sete horas da manhã, antes de irem para o campo. Normalmente, a essa refeição  comiam sopas de tomate, açorda, sopa de cação …
      À refeição que nós chamamos almoço, chamavam-lhe jantar, que era ao meio dia e era no campo. Podiam comer grão, feijão, cozido de repolho, pão com carne ou pão com azeitonas …. Às vezes, os alimentos coziam ao lume de chão que se fazia junto ao sítio onde as pessoas estavam a trabalhar, em panelas de ferro. Outras vezes, os trabalhadores levavam uma marmita com batata cozida e bacalhau para comerem de azeite e vinagre, que levavam nos cornos.
       À noite, depois de saírem do trabalho, não era o jantar, mas sim a ceia, que era por volta das vinte horas. Repetiam novamente a sopa de tomate, açorda com azeitonas e, às vezes, comiam queijo. No verão, comiam gaspacho e azeitonas.
       Galinhas ou frangos, só se comiam em dias de festa, Carnaval ou Páscoa. E, se comessem açorda com sardinhas assadas, era uma para várias pessoas.

Fontes de Informação:
Sra. Margarida Calado, 86 anos (avó da Alice)
Sr. António Gonçalves, 75 anos (padrinho da Catarina)

Alice Calado, Catarina Maltês – 6º A  2010/2011