A aula saíu à rua para conhecer, compreender, preservar e animar o nosso património.

domingo, 20 de novembro de 2011

Educação Musical no Paço Ducal

 
Edifício onde funcionava o Colégio dos Reis Magos

     Entre finais de Maio e princípios de Junho, todas as turmas de 6º ano realizaram uma visita de estudo especial ao Paço Ducal, que tinha como principal objetivo mostrar aos alunos a riqueza musical que aí existe. No fim, descobrimos que a música está presente em quase todas as suas divisões.
      Encontrámo-nos no portão de acesso à Tapada Real, onde fomos muito bem recebidos pelo Dr. Tiago Salgueiro que nos avisou para não fazermos barulho, pois os animais estavam em época de acasalamento e o barulho podia perturbá-los.
João Lourenço Rebelo
     Vimos onde funcionava o antigo Colégio dos Reis Magos, na Ilha e ficámos a saber que foi criado em 1609 pelo Duque de Bragança, D. Teodósio II, pois queria mostrar através da Música o seu culto e prestígio. Este colégio foi uma das mais importantes escolas de Música da Europa e era internacional, pois os que o frequentavam eram de vários locais e nacionalidades. Um grande compositor da altura que se destacou foi João Lourenço Rebelo. Falou-nos também do 8º Duque de Bragança, D. João, futuro rei D. João IV e dos seu interesse pela música, Ficámos a saber que além de colecionador também era compositor.
Entrada da Capela Real
Piano oferecido pela comunidade inglesa
como prenda de casamento a D. Carlos
de Bragança  e a D. Amélia de Orleães












Gabriel Castro a tocar no ógão
         Na Capela Real, ouvimos as explicações que nos foram dadas pelo Dr. Tiago e pelos professores de Ed. Musical, Dália Silva e Fausto Abalroado, sobre a história do piano e do órgão, as suas teclas, o som… Aí, vimos o piano de cauda que veio de Inglaterra e foi oferecido pela comunidade britânica aos duques D. Carlos de Bragança e D. Amélia de Orleães, futuros reis de Portugal, no dia do seu casamento, em 1886. Soubemos que o órgão, que data de 1756, funcionava a ar, mas que no século passado instalaram um sistema eléctrico que faz com que não seja necessário usar o pedal para entrar mais ar, basta tocar. Os alunos Bruno Cardoso, Francisco Aires e Gabriel Castro tiveram a oportunidade de tocar no piano e no órgão. O que foi uma experiência inesquecível!
Apresentação de instrumentos antigos
pelo Dr. Tiago Salgueiro
      Vimos ainda outros instrumentos antigos: violoncelo, violino …
No gabinete de D. Amélia, vimos o piano vertical, no qual tocava quando recebia visitas, que tinha um suporte para as velas para se poder ver e tocar à noite.
       Foi muito interessante e todos gostaram. Foi uma aula diferente.
Adorámos!!!!!!!!!!!!!!

         Ana Lúcia Rosa, Ângela Neto, Margarida Coelho
                                            6º C - Ano letivo de 2010/2011

sábado, 12 de novembro de 2011

As ribeiras do nosso concelho

       A água faz parte do património natural, que é o tema da nossa escola e a nossa turma trabalhou “A água, as nascentes e as fontes em Vila Viçosa”, em Área de Projecto.
      Falámos com os nossos familiares, pesquisámos em livros, revistas e na Internet, fizemos visitas de estudo, tirámos muitas fotografias e desenhámos. Conversámos e vimos coisas que estão bem e outras que estão mal.

      A nossa região é muito rica em património natural (solos, fauna, flora, recursos hídricos subterrâneos e à superfície e geológicos). Esta riqueza tem a ver com a sua localização geológica (flanco/vertente SE do anticlinal de Estremoz, com 7km por 40km de comprimento, eixo NW-SE Sousel-Alandroal). O próprio nome do concelho “Vila Viçosa” - Vale Viçosa, até à sua criação em 1270, por D. Afonso III tem a ver com esta riqueza.
     O subsolo é rico em jazidas de mármore, que retêm as águas, originando importantes aquíferos subterrâneos. Como há muita água, os solos são ricos e pode nascer uma flora selvagem, hortícolas e frutícolas e os animais, a fauna pode sobreviver. Por estas razões, as pessoas foram-se fixando nesta zona, criando-se uma zona de grande densidade populacional, 27 habitantes/Km2 (censos de 2001), superior à do restante Alentejo.

           Águas superficiais

          Não existem ribeiros com grandes caudais, apenas engrossam com as águas da chuva, estando na maior parte das vezes secos, durante os dias quentes.
         Correm de Norte para Sul e todas vão desaguar no Rio Guadiana, depois de se juntarem a outros, engrossando o respectivo caudal. Constituem, por isso, seus afluentes.

          Sede de Concelho
    A vila é cruzada por dois ribeiros, o do Beiçudo e o do Rossio, desunidos no começo, mas que se unem num só, antes da Ermida do Paraíso.


Ribeiro junto à Pousada

           Ribeiro do Beiçudo:


           As águas deste ribeiro correm do lado norte da vila.  

Ribeiro do Beiçudo, no Paraíso

Nasce para os lados de Montes Claros, atravessa o Reguengo, entre as duas Escolas E. B. 2 D. João IV e Públia Hortênsia de Castro, passa pela Horta do Reguengo, onde corre a descoberto até ao início do Terreiro do Paço, local onde passa a correr por baixo do mesmo. Continua assim pelo Largo dos Banhos, sempre com o nome de Ribeiro do Passadiço.
         Na zona da Fonte Grande, recebe as águas vindas do Aqueduto do Nó, do Chafariz d’El Rei e das Fontes Pequena e Grande, oriundas do Ribeiro de Alcarrache. Passa então a ter o nome de Ribeiro das Fontes ou Ribeiro do Beiçudo. Continua o seu percurso, passando pela Quinta das Olípias até ao Paraíso, onde se junta ao Ribeiro do Rossio. Infelizmente, as suas águas estão poluídas.
       Em 1890, as suas águas faziam mover os lagares da azeitona, que eram cinco: Buraco do Corregedor, Pelames, Porto de Elvas, Azenhas do Paraíso e Engenho de Ferro.

Ribeiro do Rossio, no Paraíso
       Ribeiro do Rossio
       Também é conhecido por Ribeiro da Portela, antes de entrar na vila, por ser o local onde nasce. Chama-se do Rossio, porque atravessa o Rossio ou Ribeiro das sete pontes por ser atravessado por duas pontes antes da vila e cinco no Rossio.
       Corre de forma subterrânea, em manilhas colocadas pela Câmara Municipal. No seu percurso alimenta diferentes fontes, noras …

Junção das águas do Ribeiro do Rossio com as do Beiçudo,
no Paraíso
       Ribeiro do Paraíso ou da Vila
       É a junção das águas do Ribeiro do Beiçudo com as águas do Ribeiro do Rossio e nasce junto à Ermida do Paraíso. Chama-se também da Vila, pois recebe as águas da vila.
Foz: Ribeira de Borba, perto do Moinho de Papel

       Ribeira de Borba
Nascente: perto de Borba
Percurso: atravessa a Tapada Real, junta-se com a ribeira da Asseca, no Ratinho, depois de recolher as águas de Vila Viçosa

    S. Romão
          Ribeira da Asseca
Nascente: Terrugem
Percurso: Dirige-se para S. Romão e encontra-se com a Ribeira de Borba, na herdade do Ratinho e caminham para o Guadiana
Foz: Rio Guadiana, em Vargem, junto de Jorumenha

       Ribeira de Mures
Nascente: perto de Vila Boim
Percurso: atravessa a freguesia de Ciladas
Foz: Rio Guadiana

      Bencatel
      A grande riqueza de Bencatel, noutros tempos, estava nos lençóis de água, sendo o principal o da lagoa, cujas águas formavam uma ribeira que ia desaguar no Lucefecit. Nas margens destas ribeiras chegaram a funcionar 19 azenhas para moer farinha e, nos quintais e hortejos, criavam-se hortaliças e frutas.

      Ribeiro das Nelas
Nascente: Pedreira Ezequiel Francisco Alves
Percurso: Passa por dentro da propriedade do Foro e segue para fora da localidade de Bencatel. Na Aldeia da Freira junta-se com a ribeira do Lucefecit, que vem do Montinho e segue em direcção à Serra d’Ossa.
Foz: Barragem de Terena
Justificação do nome do ribeiro:
Um dia a avó do Carlos Basófia contou que dantes havia ao lado da ribeira muitas festas e uma noite, de uma pinhata que uma senhora partiu, saiu de lá uma borboleta e a senhora disse que era uma “nela”. A partir daí passou a ser conhecido por Ribeiro das Nelas.

       Ribeira do Lucefecit
Nascente: Montes Claros, com o nome de Rio de Moinhos e é o mais caudaloso de todos
Percurso: Passa pelo sopé da Serra d’Ossa, em Bencatel, por duas barragens: Santa Ana e de um senhor, vai subterrâneo até à barragem de Lucefecit.
Foz: Rio Guadiana, perto de Cheles
        Pardais
        Ribeira de Pardais
Nascente: Lagoa
Percurso: curto, atravessa a freguesia de S. Braz dos Matos
Foz: Rio Guadiana
Caudal: pouco, cerca de um metro de largura
                                                              
Texto: alunos do 6º A
Fotografias: Alunos do 6º A e do 6º B
  2010/2011 
Fontes de informação:
ESPANCA, Pe. Joaquim. Compêndio de Notícias de Villa Viçosa: parte primeira Noticias Geraes e Chronologicas (s/d)

Familiares e vizinhos dos alunos da turma

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fonte da Biquinha

A Fonte da Biquinha é a fonte mais antiga e situa-se na estrada para Évora, à saída de Vila Viçosa. 

Houve várias obras nesta fonte:
- em 1780, o município criou nesse sítio um logradouro, calcetou e pôs bancos à volta para as pessoas poderem descansar;
- em 1785, os irmãos de Nª Sr.ª da Lapa levaram alguma desta água para o jardim da igreja, indo toda a água que sobrava para a conduta da Fonte do Carrascal;
- em 1906, foi feito o bebedouro em pedra;
- em 1915, foi reformada pela Câmara Municipal, passando a estar assente em três degraus de alvenaria, com uma taça circular e um fuste em mármore branco, liso.

Rafael Solda
6º A - 2010/2011
      Chafariz da Biquinha


Aqueduto da Portela

O Aqueduto da Portela, do século XVII, localizado na actual Alameda Henrique Pousão, está construído em pedra e tijolo nas abóbadas. Sofreu vários cortes e beneficiações ao longo dos séculos XIX e XX.
       Conduz a água desde o sítio do Carvalho e da Portela, através de troços subterrâneos (galerias estreitas e altas) e aéreos, possuindo várias chaminés de ventilação  e portinholas metálicas para acesso à infra-estrutura, até terminar na casa-mãe ou ladrão do Carrascal. Sofreu cortes e benefícios pela Casa de Bragança e pela Câmara Municipal em 1874, 1906 e 1914. No seu trajecto fica a Fonte da Biquinha e a Fonte Nova.

Alunos do 6º A - 2010/2011

Fonte Grande

      A Fonte Grande localiza-se na Praça de Martim Afonso de Sousa, perto do Palácio Matos Azambuja, em Vila Viçosa e está naquele sítio desde 1940.
        O historiador Túlio Espanca considera que foi esta fonte “sempre a mais decorada e monumental da vila”, mantendo-se ainda hoje a mais decorada da vila. Construída à maneira renascentista, em mármore branco, com três ramos de colunas dóricas, tem três saídas de água, que confluem numa grande pia rectangular, que data de 1693 e que foi alargada quando a fonte foi colocada neste sítio.

       Sofreu algumas alterações e deslocações, desde a altura que foi mandada fazer
       A sua construção foi iniciada em 1588 e foi desenhada por Manuel Ribeiro, que era mestre-de-obras e trabalhava para o município de Vila Viçosa e para os Duques de Bragança. Estava quase no centro do terreiro dos Agostinhos, virada para a Rua de D. Pascoela e estava mais abaixo no nível da rua, onde se chegava descendo degraus. Perto tinha um lavadouro, chamado da Balona, mandado fazer em 1589, pago pelo vereador João Álvares Cogominho, onde podiam estar mais de 100 mulheres a lavar a roupa, com pedras separadas e canos privativos, semelhante a um existente em Roma.
      Em 1693, teve obras e passou para o eixo da praceta, também a um nível abaixo da rua, onde se chegava descendo três degraus. O antigo lavadouro foi substituído por um tanque-lavadouro público, feito em mármore, junto da ribeira de Alcarrache e que foi alienado em 1856, a pedido dos donos do Paço dos Azambujas, que lhe ficavam perto.
      Na mesma altura, em meados do séc. XIX, a Câmara Municipal construiu na linha do ribeiro de Alcarrache, onde terminava o cano real do Passadiço onde hoje fica a Fonte Grande, o chafariz de gado, o Lago Grande do Adro de Santo Agostinho e o novo lavadouro de roupa. Aproveitaram-se materiais do Convento de S. Paulo.
      Cerca de 1940, sofreu novas obras e deslocações, desta feita para o local actual.

Luís Cardoso, Tiago Marques
6º A - 2010/2011

Fontes de informação:
Espanca, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal – Distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.


Fonte Pequena

         Sabemos que já existia uma fonte monumental em 1569, com um pórtico de 5 metros e que por c   causa dessa fonte não se podiam abrir poços nem construir engenhos particulares nos quintais vizinhos porque secavam o caudal público da mesma fonte.
       Neste sítio, existia um extenso chafariz concelhio, que corria na linha das casas, até ao Paço dos Lucenas, em mármore, com cerca de um metro de altura, onde podiam beber mais de 200 animais ao mesmo tempo. Ao centro estava um cavalo feito em mármore, jorrando água pelo nariz, boca, narinas, ouvidos.
        Ao fazer-se a fonte, em 1569, rebaixou-se com oito degraus de mármore, à procura do sítio de onde jorrava a água, desaparecendo o chafariz e o lavadouro aí existentes e o terreiro foi transformado em recinto público para jogar a pela.
        Era uma fonte monumental, pois tinha um pórtico com mais de cinco metros de altura, um frontão dividido por pilastras e com duas entradas laterais, feitas em mármore, uma pia rectangular e quatro bicas, cujo acesso é conseguido através de quatro passadeiras, submersas em água, nos dias de chuva.
       A fonte que hoje aí está data de 1687 e foi paga pelo mestre de campo, general D. Dinis de Melo e Castro, mais tarde 1º Conde de Galveias. Na altura, o rei D. João IV, proibira a abertura de poços e engenhos particulares nois quintais vizinhos, porque secavam o caudal público da mesma fonte.
      Em 1852, porque era muito alta e tapava a vista das casas por trás e ficava de costas para a Rua da Corredoura, hoje Rua Florbela Espanca, que na altura foi embelezada, foi destruída até aos cunhais, e rasgou-se na sua traseira os assentos para os passeantes, dando-se-lhe o aspecto actual.

 Alice Calado, Miguel Lopes
6º A - 2010/2011 

Fonte de informação:
 
Espanca, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal – Distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.

Chafariz d’El-Rei

   
        Ficava situado no extremo meridional do Terreiro do Paço encravado no muro do Jardim do Bosque, de baixo da Casa de Lisboa, que servia de reservatório no andar inferior. Construído por ordem de D. José I em 1772 e foi seu construtor o alvanel calipolense José Mendes Broxado. Era abastecido por diversas nascente e cascatas e servia para os animais beberem água, nomeadamente os cavalos do quartel, que durante muitos anos funcionou no Convento dos Agostinhos.
        As águas existentes até aqui, seguem depois para o Chafariz del Rei para a Fonte Pequena e para a Fonte Grande, abastecendo de água a população de Vila Viçosa.  Deixou de funcionar nos fins do séc. XIX, princípios do séc. XX e deixou de deitar água pela reformulação do caudal de água.
Alexandre Geadas, Júlio Lagoa
6º A -  2010/2011
Fonte de informação:
Espanca, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal – Distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.

Os reservatórios de água no Paço Ducal

E              Em Vila Viçosa, todas as nascentes tinham uma ligação com o Paço Ducal, mais     
especificamente com a Horta do Reguengo, para regar a horta e abastecer o Palácio.
            Uma das razões da construção do Paço Ducal, no sítio onde está, é a abundância de água.
           A água era necessária para as pessoas e os animais beberem, para cozinhar, para a higiene da casa, das roupas, das pessoas, para regar as plantas e para apagar os incêndios. Era importante haver em grande quantidade e guardá-la para quando fazia falta, em reservatórios espalhados pelos diferentes pontos do palácio, pois como vivemos no Alentejo há épocas do ano em que não chove. Por isso, existem aqui, espalhados pela horta, pelos jardins e pelo claustro muitos reservatórios de água: tanques, cisternas e fontes, algumas apenas decorativas.
           Nesta visita, começámos por ver, na Horta do Reguengo, o primeiro grande reservatório de água, que vem da Ribeira de Borba e a maneira como esta era levada para os outros reservatórios espalhados pelos diferentes espaços, através de canais feitos em tijoleira, ou por baixo do chão, como acontece com a fonte do claustro, ou por baixo da armaria nova.
           Vimos outros tanques de tamanhos diferentes, entre eles um lago onde no meio existe uma estátua do Tritão e devido a essa estátua o lago chama-se “Lago do Tritão”, onde agora habitam dois cisnes, muitas fontes decorativas feitas em mármore.
           Há um lugar chamado “ilha” devido ao facto de estar afastado do palácio. Nesse lugar, existe um reservatório circular e uma cisterna subterrânea e era desta nascente que a água seguia, através de um aqueduto subterrâneo, em pedra e em tijolo, com paredes muitas vezes escavadas na rocha e abóbadas de tijolo, que se chama Aqueduto do Nó, até às salas de fresco da Casa de Lisboa. As obras de construção deste aqueduto subterrâneo, foi mandado fazer pelos Duques de Bragança no século XVII. O aqueduto tem aproximadamente 110 metros. Em quase toda a sua extensão apresenta uma altura máxima de 2,80 metros.

Carolina Alfenim, Luís Cardoso, Pedro Fonseca
6º A - 2010/2011
Fonte de informação:
Visita de estudo guiada pelo Dr. Tiago Salgueiro

Abastecimento de água à população ... há muitos anos

    
       Com o passar dos anos e o aumento da população, tornou-se necessário distribuir água potável à população de Vila Viçosa e abriram-se poços, construíram-se aquedutos para a transportar desde a nascente até aos sítios onde fazia falta, fontes, chafarizes para os animais beberem. Também se construíram cisternas, para armazenamento, noras, azenhas, lavadouros.
        Há muito, muito tempo, para se conseguir ter água, se não havia uma nascente que deitava água à superfície, tinha que se procurar e escavar um poço. Os homens demoravam muito tempo a construir os poços porque nesta altura não havia máquinas, então faziam-se com enxadas, picaretas e pás.
        Havia poços onde o sistema usado para tirar água era umas cegonhas, que eram um pau grande com uma pedra junto ao chão. Qualquer pastor construía uma fonte e também tinha água todo o ano, mas só com 1m ou 1,5m, que corria um ano inteiro para um chafariz para os animais beberem.
       Havia noras que tinham normalmente 3 ou 4 grutas, com entrada no subsolo de 2 metros cúbicos, conforme os metros de água. Era montada uma roda com alcatruzes e a água era tirada da nora com um burro à volta, mas o burro tinha de ter os olhos tapados para não se pôr maluco!

Poço comunitário
Hoje em dia ainda existem pessoas que ainda vão ao poço tirar água para consumirem. Às vezes, os pais até mandavam as crianças muito novas aos poços buscar água, porque os poços estavam ao pé de casa e eles levavam cântaros para trazerem a água.
       No nosso Castelo, encontrámos um poço que servia para abastecer a população que nele habitava. Por isso, se diz que era um poço comunitário, pois abastecia a comunidade.
       Existem poços na maior parte dos quintais da nossa terra. A água que é tirada deles, mergulhando baldes que são puxados com roldanas, na maior parte as vezes, apenas serve para lavar ou para regar.
  Alice Calado, Ana Solda, Catarina Maltês
6º A - 2010/2011 


Fonte de informação      
INSTITUTO DA ÁGUA, Nascentes património a proteger 
Familiares e vizinhos dos alunos da turma

O Paço Ducal de Vila Viçosa

Uma das maravilhas portuguesas
                                                         
O seu interior

Escadaria nobre
Sala dos Duques ou
 Sala dos Tudescos
A entrada actual do Paço Ducal conduz a uma majestosa escadaria, cujas paredes apresentam frescos do século XVI representando a Tomada de Azamor, no Norte de África, em 1513 por D. Jaime, Duque de Bragança.
Ao longo da visita, predominam os frescos e azulejos seiscentistas, os tectos em caixotões e pintados como o da Sala dos Duques na qual estão presente os retratos de todos os príncipes de sangue da Casa de Bragança, depois de D. João V e as lareiras em mármore esculpido que distinguem várias salas como a Sala de Medusa e a Sala Hércules que acolhem grande colecções de pinturas, escultura, mobiliário, tapeçarias, cerâmica e ourivesaria.
A cozinha apresenta uma das maiores colecções de baterias de cozinha em cobre da Europa.
O Paço dispõe actualmente de quatro núcleos museológicos, que se podem visitar, desde que se peça e tire o bilhete na portaria:
- Armaria
-Tesouro
- Porcelana Azul e Branco da China
- Carruagens e coches
É ainda de realçar a biblioteca e tudo o que a compõe.

Conservação

Ao longo dos últimos anos, tem-se procurado conservar o edifício e o que está no seu interior e feito um grande esforço para enriquecer as colecções através da aquisição de peças de grande valor artístico e do restauro das outras que estavam nas reservas.
Fachada principal do Paço Ducal
antes de ser limpa
 
Fachada principal do Paço Ducal, em 2010

As pessoas responsáveis pelo Museu-Biblioteca Casa de Bragança e outros investigadores estão a estudar os documentos antigos para saberem bem como era antigamente o  palácio e como era o dia-a-dia nele.

No ano de 2010, a fachada do Palácio foi limpa e as pessoas puderam ver a cor original da pedra mármore, que afinal não era amarela, mas sim azul! Agora, podemos ver melhor os desenhos na pedra!
Venha visitá-la!

Ângela Neto – 6º C  20101/2011

Fontes de informação:
VISITAS GUIADAS PELA DRA. MARIA DE JESUS MONGE E PELO DR. TIAGO SALGUEIRO

Bibliografia:
“DOSSIER MONUMENTOS”, Revista Semestral de Edifícios e Monumentos, Direcção-Geral dos Edifícios
ESPANCA, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal: distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.
MONGE, Maria de Jesus (2000). Paço Ducal da Casa de Bragança. Vila Viçosa: Fundação da Casa de Bragança.
MONGE, Maria de Jesus (2010). Paço Ducal de Vila Viçosa: Roteiro. Caxias.
TEIXEIRA, José (1983). O Paço Ducal de Vila Viçosa sua arquitectura e colecções. Lisboa: Fundação Casa de Bragança.
Webgrafia:
http://pt.wikipedia
http://infopedia.pt
www.fcbragança.pt