A aula saíu à rua para conhecer, compreender, preservar e animar o nosso património.

terça-feira, 27 de novembro de 2012


A arte barroca em Vila Viçosa

Interior da Igreja da Lapa
No passado dia 9 de novembro de 2012, nós, alunos da turma do 6º D, efetuámos uma visita de estudo a várias igrejas de Vila Viçosa, a fim de encontrar traços da arte barroca.
Saímos da Escola E B 2 D. João IV a pé. Fomos com as professoras Maria Clara Santos, Paula Nascimento, Elisabete Machado e Vicência Barroso.
Dirigimo-nos à Igreja da Lapa, onde são visíveis os traços do barroco na elegante fachada frontal e a existência de mármore, talha dourada e azulejos no seu interior.
De seguida, passámos pela igreja de São Bartolomeu, onde encontrámos pinturas a fresco no teto, muita talha dourada e abundante decoração em azulejos e mármore no altar mor e nas capelas laterais.
Altar-mor da Igreja de S. Bartolomeu
Já na igreja da Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, voltámos a encontrar frescos, florais em azulejo e muita talha dourada, no altar principal e nos altares secundários. Neste Santuário há colunas de mármore com curvas e contracurvas.
Nas três igrejas sobressai o mármore, uma rocha ornamental da região, nas fachadas exteriores e na decoração interior.
Pensamos que o barroco teve grande influência na edificação dos monumentos religiosos do concelho. Como tal, sugerimos que seja divulgado à população em geral, efectuando visitas guiadas, divulgando nos meios de comunicação locais e promovendo debates entre os alunos.

Rodrigo Alexandre
6º D
Ano letivo 2012/2013

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A vida quotidiana no Paço Ducal no tempo de D. João II, 8º Duque de Bragança

No dia 20 de outubro, saímos da escola para irmos visitar o Paço Ducal, situado na nossa terra, acompanhados pela professora de H.G.P, Maria de Jesus Coelho e pelo sr. Nelson, funcionário da nossa escola.
Quando chegámos, já o dr. Tiago Salgueiro estava à nossa espera. Depois dos cumprimentos e dos nos ter explicado que o Paço Ducal é um dos mais importantes palácios da Península Ibérica, subimos a escadaria nobre, com pinturas murais que pretendem recriar a tomada de Azamor, pelo Duque D. Jaime, que mandou construir o palácio, nos princípios do século XVI.
O nosso guia especial explicou-nos, então que o Duque D. João II, que foi o 8º Duque de Bragança, tinha uma corte de 350 pessoas, que gostava muito de viver aqui e que só se deslocava para fora de Vila Viçosa, quando tinha algum assunto muito importante para resolver, pois as viagens demoravam cerca de uma semana para lá e outra para cá.
Aprendemos também que, para se vestir e para se despir, tinha de haver várias pessoas a ajudá-lo, pessoas importantes. Informou-nos também que as pessoas não tomavam banho muitas vezes (às vezes, uma vez por ano!) e quando tomavam ficavam deitadas durante dias, pois pensavam que estavam desprotegidos e podiam adoecer. Andámos mais um bocado e chegámos a outra sala, o oratório de D. Catarina, avó de D. João, onde rezava e se recolhia para meditar. Numa sala perto, havia retratos de pessoas com perucas e que calçavam sapatos com tacões altos, foi-nos explicado como as pessoas se vestiam e mostradas as cadeiras, mais largas do que agora, onde as senhoras se tinham que sentar pois os vestidos tinham muita roda e uma armação de madeira por baixo.
As salas também tinham lareiras e tapeçarias nas paredes, pois era uma forma de aquecimento. Falámos ainda sobre a alimentação na época.
Na sala de Restauração, vimos quadros pintados com D. João II, a filha, D. Catarina que casou com o rei de Inglaterra e algumas pinturas sobre a Restauração.
Por último, fomos à armaria e o dr. Tiago explicou-nos que o Duque de Bragança tinha um exército, que quando era preciso ia ajudar o rei e mostrou-nos as armaduras e as armas, na época.
Gostámos muito da visita! Gostaríamos de voltar e ver mais coisas, pois assim aprendemos melhor.

Leonardo Ventura – 6º D, 2011/2012

sábado, 12 de maio de 2012

Lenda da Cova da Moura


       As pessoas mais velhas dizem que no campo junto a S. Romão existe uma casa feita de rochas grandes e pequenas e que nela existe uma moura, mas dizem que a moura é uma mulher transformada em cobra.

Rochas do Lago

      Para a moura deixar de ser cobra, tem que ir uma pessoa às rochas do lago à meia noite, que não pode ter medo, pois a cobra, que é grande e grossa, vai subindo  pela pessoa acima e dá-lhe um beijo.
      Se a pessoa não tiver medo, vai a casa da moura buscar o ouro e nesse momento traz também a moura encantada.
Joana Raimundo, Lúcia Gomes
6º D - Ano letivo 2011/2012

sábado, 21 de abril de 2012

Paço Ducal - Da Memória Histórica à Experiência Pedagógica

   TRABALHOS  DOS ALUNOS  RESULTANTES  DESTA

EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA   II

Lápis de Cor - Pastel - Gravura


Pedro Albuquerque

Pedro Melo
Sara Baptista
Edgar Rebimba
Rui Lopes
Rui Nascimento

Sara Pereira
Diogo Escarpiado

Joana Estrompa

Lourenço Marques

Márcia Nunes

Mariana Carriço
Francisca Novado
 Alunos do 6º C - Ano letivo de 2010/2011

sábado, 14 de abril de 2012

Paço Ducal de Vila Viçosa - Da Memória Histórica à Experiência Pedagógica

              O museu é uma instituição que desempenha um papel importante na preservação/conservação e leitura de bens culturais e artísticos, ou seja no seu sentido mais amplo, da nossa memória histórica e da nossa identidade. Como instituição que é, tem ainda o poder e o privilégio de decidir e legitimar o que é arte e a autoridade em propor as suas próprias narrativas de acordo com um programa previamente delineado, facultando assim aos visitantes os meios para a sua compreensão.


Uma aula experimental

O museu pode e deve ser um lugar de aprendizagem onde a cultura local e a cultura global se interpenetram. O museu pode assim converter-se em espaço de experimentação e local de educação artística que educadores e educandos podem usufruir/construir. Para concretizar os nossos objectivos, utilizámos como estratégia conceptual, o diálogo construtivo com um grupo de 22 crianças, de 11 e 12 anos de idade, levando-as a participar em actividades articuladas entre a Escola e o Museu do Paço Ducal de Vila Viçosa, num convite à criatividade e à imaginação, e também na valorização do espaço museológico. 
           Educar passa também por realizar projectos interdisciplinares, discuti-los e aplicá-los em sala de aula e fora dela. Este foi o ponto de partida para a realização da actividade “Ver/Analisar/Descobrir” da obra “O Sobreiro”, em parceria com o Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, tendo também como grande objectivo fomentar o conhecimento dos alunos sobre a obra de D. Carlos de Bragança, o rei-pintor, no seu contexto de espaço e tempo.
Profª Maria Dulce Casaca
Março de 2011

   TRABALHOS  DOS ALUNOS  RESULTANTES  DESTA

EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA   I

Lápis de Cor - Pastel - Gravura



Ana Patríca Sande

Ana Lúcia Rosa


Artur Cardoso
 
Ângela Neto

Carolina Carriço

Ana Rita Candeias

 



 

terça-feira, 3 de abril de 2012

D. Carlos de Bragança– desenhador e pintor

           
            D. Carlos, costumava registar os locais que visitava, as pessoas, as árvores, as aves, os barcos - as marinhas  ...  em álbuns de desenho. Era um bom observador!
Pintou muito e muitos quadros, a aguarela, a pastel e a óleo. Pintou retratos, animais,
árvores, pessoas, paisagens …  Expôs algumas das suas obras em exposições nacionais e estrangeiras e ganhou prémios. Os seus mestres foram Miguel Ângelo Lupi e Casanova.
            Hoje, especialistas de arte consideram-no um dos melhores pintores do naturalismo português.
"No Alentejo", óleo sobre tela
"O Marroquino", pastel sobre tela
"Terreiro do Paço", em Vila Viçosa
           Apesar de existirem muitos e muitos trabalhos deste Duque de Bragança e rei de Portugal no Paço Ducal de Vila Viçosa, ainda existem muitos trabalhos da sua autoria dispersos, pois ele muitas vezes oferecia-os. A Fundação Casa de Bragança está a tentar reunir o máximo possível desses trabalhos, talvez para criar um núcleo museológico.

Margarida Coelho - 6º C
Ano letivo de 2011/2012

domingo, 18 de março de 2012

Estátua equestre de D. João IV

A estátua feita em bronze do rei D. João IV em cima de um cavalo mede mais de seis metros de altura e está sobre um pedestal feito em granito. Fica no centro do Terreiro do Paço. O Paço Ducal fica a oeste da estátua, a sul o Convento das Chagas, o Paço dos Bispos e ainda o solar dos Caminha.
           D. João IV mandou comprar na Andaluzia, algum tempo antes da revolução de dezembro de 1640, um cavalo. Esse cavalo foi considerado pelo Duque António Galvão de Andrade como um baluarte, animal com grandeza e segurança. E “Baluarte” passou a ser o nome do animal, que está representado nesta estátua.
Esta obra teve dois autores: o escultor Francisco Franco, que a fez e o pedestal de granito foi desenhado pelo arquitecto Pardal Monteiro. O monumento foi concebido em 1939/1940, quando se comemorou o duplo Centenário da Fundação e Restauração de Portugal e foi inaugurado no dia 8 de dezembro de 1943, onde estiveram presentes pessoas importantes do nosso país.
   
Ana Rita Candeias, Sara Baptista - 6ºC
Ano letivo de 2010/2011

Fonte de informação:
ESPANCA, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal: Distrito de Évora, I volume. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes, páginas 610-611.
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.

PESTANA, Manuel Inácio (s/d). Vila Viçosa História, Arte e Tradição, Vila Viçosa: Livraria Alentejo de Calipolojas, Lda.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Batalha de Montes Claros


Padrão da Batalha de Montes Claros

Já tinha sido a revolução do 1º de Dezembro de 1640 e estávamos em luta com os espanhóis, pela nossa independência, pois eles não desistiam.
Entraram mais uma vez em Portugal e ocuparam Vila Viçosa, depois da resistência dos calipolenses. Queriam vencer os alentejanos e depois seguirem para Lisboa. As tropas portuguesas, que estavam em Estremoz, partiram para ajudar os calipolenses. Os espanhóis avistaram-nos e os seus chefes mandaram atacar os portugueses na zona de Montes Claros. Eram muitos mais do que nós, mas tiveram que se retirar, pois os portugueses deram-lhes com força, entre sete a oito horas. Ao fim do dia, os espanhóis estavam destroçados e o próprio Marquês de Caracena, que comandava as tropas espanholas, fugiu em direcção à fronteira, passando depois para Badajoz.
Os espanhóis perderam 10.000 homens, quase metade do exército (4.000 mortos e 6.000 prisioneiros) e as forças portuguesas sofrem 2.700 baixas (700 mortos e 2000 feridos).

Em memória da batalha

            A batalha de Montes Claros, que aconteceu entre Bencatel e Santiago de Rio de Moinhos, no dia 17 de Junho de 1665, foi a última batalha travada entre portugueses e espanhóis.

Lápide mandada fazer
pelo Marquês de Marialva

 



Igreja de Santa Maria da Vitória
Mais tarde, o Marquês de Marialva mandou fazer em frente à Igreja de Nossa Senhora da Vitória, uma lápide com uma longa inscrição onde fez os seus votos para que a tragédia desta batalha, com tantos mortos, não se repita na história futura de ambos os países.

Ana Patrícia Sande, Margarida Coelho
6º C – Ano letivo de 2010/2011


Fonte de informação:
Fotografias:
Margarida Coelho

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O que falta no nosso concelho

Pensámos, perguntámos, investigámos, trocámos ideias e escrevemos… As visitas que realizámos ao longo do ano também nos ajudaram.
O que falta no nosso concelho?
Concluímos que seria importante divulgar mais o património de Vila Viçosa, que é uma zona tão rica em água subterrânea e superficial e com paisagens tão bonitas, para ser visitado e, por isso, sugerimos:
· percursos pedestres;
· passeios de bicicleta;
· bom funcionamento da ETAR, para preservar as águas e a biodiversidade das nossas ribeiras;
· termos guias turísticos, para passeios de turistas, que contenham o percurso das ribeiras e os
ecossistemas a eles associados.
Sugerimos também que se promova a plantação e a criação de mais espaços verdes, como pequenos jardins, ou até um parque municipal onde se poderiam combinar plantas, árvores e um lago, com percursos de exercício físico, máquinas de reabilitação e um quiosque.
Junto às estrada mais largas, poderiam existir pistas para andar a pé ou de bicicleta, ficando ao lado dos passeios.
Em Bencatel, Pardais e S. Romão poderia haver mais espaços de convívio para adultos e idosos, mesmo que fosse uma espécie de ocupação contra a solidão, em que poderiam fazer: trabalhos manuais (costura, corte e colagem, desenho), atividades que envolvessem a comunidade, como sortear cabazes ou convidar alguém para conhecer o espaço, jogar às cartas e conversar. Assusta ver tantos idosos sozinhos!
Deveria também existir um espaço para as pessoas desempregadas procurarem um emprego, mas a nível local. Aí, poder-se-ia encorajar as pessoas a começarem o seu próprio negócio, em casa, ou em lugares desabitados mas em bom estado. Os empregos deveriam envolver a agricultura e a criação de gado, visto que estão a diminuir e necessitam ser modernizadas e apoiava-se o crescimento do desenvolvimento económico. Deveria haver maior e melhor aproveitamento da riqueza natural da região, o mármore. A propósito desta riqueza esperamos que o novo Museu do Mármore seja bastante digno! Temos que valorizar a nossa região.
E, nas férias, deveria haver, de forma organizada e que fosse dada a conhecer ainda em tempo de aulas, atividades desportivas, sem ser o futebol, passeios, trabalho de campo para nós conhecermos melhor e valorizarmos o nosso património, tanto natural como edificado. Também seria bom termos uma Biblioteca equipada com todo o tipo de informação!
A nossa terra é muito bonita e muitas crianças e jovens não a conhecem. Por outro lado, há crianças e jovens que passam as férias em Vila Viçosa!


Ana Mestre,  Ângela Neto, Francisca Novado,  Inês Arranca, Leonor Veiga,  Pedro Albuquerque
Clube Jornal Escolar
Ano letivo 2010/2011