A aula saíu à rua para conhecer, compreender, preservar e animar o nosso património.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Paço Ducal de Vila Viçosa

Uma das maravilhas portuguesas
     
A parte mais antiga do Paço – o Paço do Duque D. Jaime
Parte do Paço do Duque D. Jaime,
 com as paredes caiadas de branco

O local escolhido para construir a nova morada dos Duques de Bragança chamava-se Horta do Reguengo e ficava no início da estrada para Borba. Este terreno tinha muitos olivais, abundância de água, era muito fértil e como ficava a alguma distância dos locais habitados, permitia que os duques vivessem sem serem incomodados pelos vizinhos. Como tinha muito espaço, fez um Paço com zonas de lazer, jardins com labirintos, horta com várias espécies de vegetais, tanques de água, mata, à moda da Europa. Julga-se que a mão-de-obra utilizada na sua construção fosse aquela que trabalhasse nas obras do paço de S. Francisco, em Évora.
Claustro, séc. XVI
O Paço é um edifício com forma rectangular, com três pisos. Esta obra de arquitectura gótica tem, na sua decoração, influência artística múdejar, com pórticos, janelas geminadas com arcos em ferradura. As paredes deveriam estar cobertas com azulejos e ainda se podem ver alguns. As abóbadas são variadas, umas mais elaboradas do que outras, isto é com mais nervuras, lembrando grandes folhas de plantas.
No piso térreo, as salas organizam-se à volta de um claustro, com cerca de 18m de lado que, por dentro tem um jardim de bucho e uma fonte. As colunas, que estão em cima de um muro pequeno e suportam as abóbadas não são todas iguais! Umas têm os fustes com a forma de cilindro, outras têm oito lados, são oitavados. E os capitéis também são diferentes, uns decorados com padrões vegetais e outros com dragões e outros animais fantásticos. Pensa-se que vieram do antigo castelo e foram aproveitados para aqui.
À sua volta, ficam as salas como a Sala dos Órgãos, a Capela Real, a Cozinha, outras dependências, onde hoje está instalado o Museu de Armaria. A antiga cozinha deveria ter só duas divisões com um grande corredor que dava acesso aos armazéns de potes de vinho, azeite, a uma sala que guardava fruta e às “ocharias”, que eram espaços para guardar objectos sem valor. As salas comunicam umas com as outras por portas geminadas de mármore e de xisto, em arcos de ferradura chanfrados. As portas dantes eram mais estreitas e pequenas.
Ainda no rés-do-chão, pode-se visitar as salas onde vivia a criadagem e os pintores, a sala dos Alabardeiros e a Casa do Tesouro que guardava os objectos de valor.   
Durante a visita a esta parte mais antiga, podemos ver um espaço que se chama pátio das galinhas! Pensa-se que naquele local havia capoeiras onde se guardavam as galinhas, os pintos … para depois serem abatidas e cozinhadas e o corredor dos periquitos, talvez onde houvesse muitas gaiolas de periquitos!

Francisco Duarte, Margarida Coelho, Pedro Melo – 6º C
20101/2011
Fontes de informação:
VISITAS GUIADAS PELA DRA. MARIA DE JESUS MONGE E PELO DR. TIAGO SALGUEIRO

Bibliografia:
“DOSSIER MONUMENTOS”, Revista Semestral de Edifícios e Monumentos, Direcção-Geral dos Edifícios
ESPANCA, Túlio (1978). Inventário Artístico de Portugal: distrito de Évora, I vol. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes.
GABINETE DE IMPRENSA (2010). Um Alentejo para Descobrir. Vila Viçosa: Câmara Municipal de Vila Viçosa.
MONGE, Maria de Jesus (2000). Paço Ducal da Casa de Bragança. Vila Viçosa: Fundação da Casa de Bragança.
MONGE, Maria de Jesus (2010). Paço Ducal de Vila Viçosa: Roteiro. Caxias.
TEIXEIRA, José (1983). O Paço Ducal de Vila Viçosa sua arquitectura e colecções. Lisboa: Fundação Casa de Bragança.
Webgrafia:
http://pt.wikipedia
http://infopedia.pt
www.fcbragança.pt





   


1 comentário:

  1. Sou apaixonada por Vila Viçosa! Parabéns a quem se preocupa em a divulgar.
    São Knopfli

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