A aula saíu à rua para conhecer, compreender, preservar e animar o nosso património.

sábado, 12 de novembro de 2011

As ribeiras do nosso concelho

       A água faz parte do património natural, que é o tema da nossa escola e a nossa turma trabalhou “A água, as nascentes e as fontes em Vila Viçosa”, em Área de Projecto.
      Falámos com os nossos familiares, pesquisámos em livros, revistas e na Internet, fizemos visitas de estudo, tirámos muitas fotografias e desenhámos. Conversámos e vimos coisas que estão bem e outras que estão mal.

      A nossa região é muito rica em património natural (solos, fauna, flora, recursos hídricos subterrâneos e à superfície e geológicos). Esta riqueza tem a ver com a sua localização geológica (flanco/vertente SE do anticlinal de Estremoz, com 7km por 40km de comprimento, eixo NW-SE Sousel-Alandroal). O próprio nome do concelho “Vila Viçosa” - Vale Viçosa, até à sua criação em 1270, por D. Afonso III tem a ver com esta riqueza.
     O subsolo é rico em jazidas de mármore, que retêm as águas, originando importantes aquíferos subterrâneos. Como há muita água, os solos são ricos e pode nascer uma flora selvagem, hortícolas e frutícolas e os animais, a fauna pode sobreviver. Por estas razões, as pessoas foram-se fixando nesta zona, criando-se uma zona de grande densidade populacional, 27 habitantes/Km2 (censos de 2001), superior à do restante Alentejo.

           Águas superficiais

          Não existem ribeiros com grandes caudais, apenas engrossam com as águas da chuva, estando na maior parte das vezes secos, durante os dias quentes.
         Correm de Norte para Sul e todas vão desaguar no Rio Guadiana, depois de se juntarem a outros, engrossando o respectivo caudal. Constituem, por isso, seus afluentes.

          Sede de Concelho
    A vila é cruzada por dois ribeiros, o do Beiçudo e o do Rossio, desunidos no começo, mas que se unem num só, antes da Ermida do Paraíso.


Ribeiro junto à Pousada

           Ribeiro do Beiçudo:


           As águas deste ribeiro correm do lado norte da vila.  

Ribeiro do Beiçudo, no Paraíso

Nasce para os lados de Montes Claros, atravessa o Reguengo, entre as duas Escolas E. B. 2 D. João IV e Públia Hortênsia de Castro, passa pela Horta do Reguengo, onde corre a descoberto até ao início do Terreiro do Paço, local onde passa a correr por baixo do mesmo. Continua assim pelo Largo dos Banhos, sempre com o nome de Ribeiro do Passadiço.
         Na zona da Fonte Grande, recebe as águas vindas do Aqueduto do Nó, do Chafariz d’El Rei e das Fontes Pequena e Grande, oriundas do Ribeiro de Alcarrache. Passa então a ter o nome de Ribeiro das Fontes ou Ribeiro do Beiçudo. Continua o seu percurso, passando pela Quinta das Olípias até ao Paraíso, onde se junta ao Ribeiro do Rossio. Infelizmente, as suas águas estão poluídas.
       Em 1890, as suas águas faziam mover os lagares da azeitona, que eram cinco: Buraco do Corregedor, Pelames, Porto de Elvas, Azenhas do Paraíso e Engenho de Ferro.

Ribeiro do Rossio, no Paraíso
       Ribeiro do Rossio
       Também é conhecido por Ribeiro da Portela, antes de entrar na vila, por ser o local onde nasce. Chama-se do Rossio, porque atravessa o Rossio ou Ribeiro das sete pontes por ser atravessado por duas pontes antes da vila e cinco no Rossio.
       Corre de forma subterrânea, em manilhas colocadas pela Câmara Municipal. No seu percurso alimenta diferentes fontes, noras …

Junção das águas do Ribeiro do Rossio com as do Beiçudo,
no Paraíso
       Ribeiro do Paraíso ou da Vila
       É a junção das águas do Ribeiro do Beiçudo com as águas do Ribeiro do Rossio e nasce junto à Ermida do Paraíso. Chama-se também da Vila, pois recebe as águas da vila.
Foz: Ribeira de Borba, perto do Moinho de Papel

       Ribeira de Borba
Nascente: perto de Borba
Percurso: atravessa a Tapada Real, junta-se com a ribeira da Asseca, no Ratinho, depois de recolher as águas de Vila Viçosa

    S. Romão
          Ribeira da Asseca
Nascente: Terrugem
Percurso: Dirige-se para S. Romão e encontra-se com a Ribeira de Borba, na herdade do Ratinho e caminham para o Guadiana
Foz: Rio Guadiana, em Vargem, junto de Jorumenha

       Ribeira de Mures
Nascente: perto de Vila Boim
Percurso: atravessa a freguesia de Ciladas
Foz: Rio Guadiana

      Bencatel
      A grande riqueza de Bencatel, noutros tempos, estava nos lençóis de água, sendo o principal o da lagoa, cujas águas formavam uma ribeira que ia desaguar no Lucefecit. Nas margens destas ribeiras chegaram a funcionar 19 azenhas para moer farinha e, nos quintais e hortejos, criavam-se hortaliças e frutas.

      Ribeiro das Nelas
Nascente: Pedreira Ezequiel Francisco Alves
Percurso: Passa por dentro da propriedade do Foro e segue para fora da localidade de Bencatel. Na Aldeia da Freira junta-se com a ribeira do Lucefecit, que vem do Montinho e segue em direcção à Serra d’Ossa.
Foz: Barragem de Terena
Justificação do nome do ribeiro:
Um dia a avó do Carlos Basófia contou que dantes havia ao lado da ribeira muitas festas e uma noite, de uma pinhata que uma senhora partiu, saiu de lá uma borboleta e a senhora disse que era uma “nela”. A partir daí passou a ser conhecido por Ribeiro das Nelas.

       Ribeira do Lucefecit
Nascente: Montes Claros, com o nome de Rio de Moinhos e é o mais caudaloso de todos
Percurso: Passa pelo sopé da Serra d’Ossa, em Bencatel, por duas barragens: Santa Ana e de um senhor, vai subterrâneo até à barragem de Lucefecit.
Foz: Rio Guadiana, perto de Cheles
        Pardais
        Ribeira de Pardais
Nascente: Lagoa
Percurso: curto, atravessa a freguesia de S. Braz dos Matos
Foz: Rio Guadiana
Caudal: pouco, cerca de um metro de largura
                                                              
Texto: alunos do 6º A
Fotografias: Alunos do 6º A e do 6º B
  2010/2011 
Fontes de informação:
ESPANCA, Pe. Joaquim. Compêndio de Notícias de Villa Viçosa: parte primeira Noticias Geraes e Chronologicas (s/d)

Familiares e vizinhos dos alunos da turma

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