Um ilustre calipolense
Martim Afonso de Sousa
Martim
Afonso de Sousa nasceu em Vila Viçosa entre 1490 e 1500. Era filho de Lopo de Sousa e de
D. Brites de Albuquerque. Foi Senhor
de Prado, Alcaide-mor de Bragança e mais tarde Governador do Estado do Brasil e
da Índia.
Serviu algum tempo o Duque de Bragança, D.
Teodósio I e depois o príncipe D. João, filho do rei D. Manuel. Deslocou-se a
Castela e esteve algum tempo em Salamanca; voltou a Portugal e foi recebido pelo
rei D. João III, que servira como príncipe. Estudou Matemática, Cosmografia e Navegação.
Iniciou a sua carreira de homem de mar e guerra ao
serviço de Portugal em 1531, na armada que o rei enviou ao Brasil, com a missão
de colocar padrões de posse portugueses em toda a área do Rio da Prata. Diz-se também
que, como governador, teria a missão de expulsar franceses, descobrir terras,
explorar o Rio da Prata e fundar núcleos de povoamento.
No dia 22 de janeiro de 1532, fundou a primeira vila
do Brasil, à qual deu o nome de Vila de São Vicente por este dia ser o dia
desse santo, reafirmando o nome dado por Gaspar de Lemos, quando este chegou a essa
zona, no mesmo dia do ano de 1502.
Graças a medidas tomadas por Martim Afonso de Sousa,
São Vicente tornou-se «Cellulla Mater» da Nacionalidade (Primeira Cidade do
Brasil), Berço da Democracia Americana, pois em 22 de agosto de 1532 foram
feitas as primeiras eleições populares das Três Américas, instalando a primeira
Câmara dos Vereadores no continente.
Combateu
corsários franceses no litoral e foi condecorado pela coroa portuguesa, no
reinado de D. João III, como capitão-donatário de dois lotes de terras no
Brasil.
Nomeado
capitão-mor do Mar das Índias em 1533, pelo rei, foi encarregado de proteger as
possessões de Portugal no Oriente, defendendo-as contra mouros e hindus; derrotou
o rajá de Calecute e combateu os piratas que saqueavam as embarcações
portuguesas na região. Em
1541, foi nomeado governador da Índia por D. João III, sucedendo a Estêvão da Gama. Em 1545, data em que regressou a Portugal, sucedeu-lhe D. João de Castro.
Vivera
quatro anos em Espanha, onde se casou com D. Ana Pimentel, dama da Rainha
Católica de Espanha, que mais tarde foi procuradora relativamente aos negócios do
Brasil. Foi ela quem, em 1534, autorizou que se introduzisse o primeiro ”gado
vacum” na capitania de São Vicente e quem, em 1544, revogou a ordem do esposo,
que proibia a entrada de europeus no campo de Piratininga e, assim abriu o
caminho para o sertão, facilitando a expansão bandeirante.
Martim Afonso de Sousa, que deu nome a um
largo e a uma rua na sua terra natal, morreu em Lisboa, no dia 21 de julho de
1571. Está sepultado na Igreja de São Francisco, em Lisboa.
Fontes de informação:
htp://pt.wikipedia.org/wiki/Martin
Afonso de Sousa
hpt://www.infopedia.pt/$martin-afonso-de-Sousa
hpt://www.arqnet.pt/dicionário/sousamartin3.html
André
Bito, Rodrigo Rento – 6º C